quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Dramas que desafiam a lógica...

           É fato que todos que já assistiram a um k-drama algum dia encontraram várias inconsistências, erros de continuidade e cenas que não fizeram o menor sentido. No entanto, quando acontece em praticamente todas as séries coreanas, já não é mais um problema isolado e sim um padrão.
          Por mais que adoremos os k-dramas, é inegável que a lógica passa bem longe dessas histórias. No entanto, alguns simplesmente passam de todos os limites e são pérolas insuperáveis, como os grandes makjangs ("dramalhões") coreanos de mais de 100 episódios. As minisséries às vezes têm alguns erros ou inconsistências, mas dá para relevar. 
          No entanto, os daily dramas normalmente duram mais de 100 episódios e são verdadeiros dramalhões mexicanos, nos quais acontece o possível e o impossível. Esse texto é voltado especialmente para quem já assistiu a muitos dramas coreanos. Se você é novo no mundo dos k-dramas, não se assuste.

1 - A Tale Of Two Sisters  

Único daily drama que tive paciência de ver, desafiou a lógica desde os primeiros episódios. O excesso de armações da vilã, o fato de ela nunca se dar mal, o fato de a protagonista ser completamente submissa, a mudança de casais no final da série, entre outros fatores, contribuíram para que o drama se transformasse em piada. E, incrivelmente, a audiência foi muito boa e o que manteve os espectadores foi exatamente o excesso de drama e maluquice.  

Alguns exemplos:
-A vilã Yerin é adotada pela mãe da protagonista, mas a mãe verdadeira dela aparece logo no início, com câncer de fígado, e, não apenas se hospeda na casa da família da filha, como ainda recebe um transplante dela! 
-A mãe biológica da vilã Yerin faz a cunhada da filha de empregada e a coitada nem reclama!
-A protagonista Se Young e o protagonista masculino (Jae Sung) supostamente estão super apaixonados, mas não agem como tal. 
-Yerin, que é apaixonada pelo protagonista masculino, faz de tudo para prejudicar Se Young. E muita gente percebe e não faz nada. Após descobrir que sua mãe adotiva é a mãe verdadeira de Se Young, as coisas só pioram. A vilã tentou até matar a menina. Incrivelmente ela ainda consegue fazer parecer várias vezes que estava sendo perseguida por Se Young.
-Depois de todos os mal feitos de Yerin serem descobertos, ninguém (exceto a cunhada) dá uma lição de moral nela e inclusive ela é vista como vítima e perdoada.
-O avô do protagonista masculino era contra ele se casar com uma menina adotada, mas quando descobre que Se Young é a filha verdadeira e Yerin que é adotada, ele retira o que disse e continua preferindo Yerin.
-A autora foca tanto na vilã que ela acaba virando mais protagonista do que a verdadeira protagonista, uma espécie de anti-heroína. E Se Young perde cada vez mais a importância.
-Lá pelo episódio 90 (o drama teve 135), os casais simplesmente mudam! O casal principal se separa por um motivo banal e a protagonista começa a se aproximar do 2o protagonista masculino (Jung Hyo). E a vilã finalmente consegue conquistar sabe-se lá como o protagonista masculino. 
-Lá pelos últimos episódios, a vilã se arrepende do nada e fica toda boazinha, inclusive ajudando Se Young nos preparativos de seu casamento com o 2o protagonista masculino (Jung Hyo). Maaaaas ela acaba morrendo atropelada por um carro, após um caminhão bater no carro delas, salvando Se Young, numa cena pra lá de forçada e ridícula. Após o acidente com o caminhão, ela tira Se Young do carro, mas volta pra pegar o buquê dentro do carro e é atropelada. @_@ Karma is a bitch, darling. hahaha
-Depois de tudo que aconteceu, ainda fizeram homenagem pos mortis pra vilã.
 -No elenco secundário, temos um casal muito fofo (Gi Eun e Dong Wook) que, sinceramente, salvaram a série pra mim. A forma como ela se apaixonou por ele foi bem típica, mas ele estava apaixonado pela irmã mais velha postiça de Se Young a princípio. Apesar de levar um fora, ele não desiste, e continuamente dá foras em Gi Eun. Mas do nada Gi Eun inventa que está grávida dele e ele não apenas aceita a farsa como se diz apaixonado por ela e a pede em casamento, DO NADA! Do nada, da noite pro dia, ele se apaixona por ela. Ta, foi lindo, mas oi???
-Depois de todo o trabalho que teve para conquistá-lo, Gi Eun simplesmente foge no dia do casamento!!! E depois tenta reconquistá-lo! Minha filha, pra que complicar a vida ainda mais?
-A mãe de Dong Wook rouba a empresa do pai de Gi Eun e a história vira o maior dramalhão, com amor proibido e tudo mais. Depois de ver Gi Eun sofrendo vendendo suas roupas caras na rua, ele a perdoa e resolve que quer ficar com ela de novo. No final das contas, os dois se casam escondidos. @_@
-A irmã postiça mais velha da protagonista, que tem uma filha, é a personagem mais aleatória e desnecessária da história toda. Depois que Dong Wook para de gostar dela, ela simplesmente não tem mais utilidade.
-A outra irmã é super engraçada e se casa com o tio de Jae Sung (protagonista masculino), mas depois disso ela também perde toda a importância na história.


2 - Princess Aurora

           Não vi esse drama, nem pretendo ver, mas ele ficou muito famoso por ser o rei dos "makjang" (dramalhão). Pra vocês terem noção, tanta gente morre que nem o cachorro e o protagonista masculino escapam. 
          É desse drama que saiu uma das citações mais célebres da história, quando um paciente com leucemia disse o seguinte: "Células cancerosas são coisas vivas também. Se eu tentar morrer, minhas células cancerosas podem sentir isso. Essas células surgiram em mim porque levei minha vida da maneira errada. Por isso, não acho certo tentar matar essas células para que eu possa viver". Oi??? Como assim??? Sério mesmo??? A maior pérola da história! Pra ter um diálogo nesse nível, imagino a porcaria que deviam ser os roteiros.
          No entanto, toda a tragédia que beirava o ridículo (acidentes, doença, términos de relacionamento, idas sem volta para os EUA), apesar de muito criticada, foi a grande fonte de audiência. Muita gente via o drama só para saber qual seria a nova maluquice da autora. E, por causa disso, ela pediu uma extensão de 50 episódios, o que gerou uma revolta no público que fez até mesmo uma petição para impedir que isso acontecesse. Chegou a tal ponto que a MBC precisou intervir e pedir para a autora reescrever os últimos episódios de tão absurdos que eram. 

3 - Doctor Stranger


           Cheio de buracos na história, começou de forma muito interessante com os dois primeiros episódios passados na Coreia do Norte. No entanto, todo o mistério em torno da protagonista feminina e do plano dos norte-coreanos com o político vilão não fazia o menor sentido. O público ficou louco com a ausência de lógica nisso. 
          Como raios a protagonista sobreviveu a vários tiros e a uma queda num rio? E depois volta como espiã. E que raios de plano maluco era aquele que precisava envolver médicos matando o presidente numa cirurgia? Não tinha uma forma mais fácil de conseguir o que queria? E por que raios envolver os norte-coreanos nisso? Um plano tão complexo para objetivos tão simplórios. Pior do que tudo isso foram os dois protagonistas sobreviverem no final novamente após não sei quantos tiros. 

4 - Golden Rainbow


            Não terminei de ver, mas é basicamente um dramalhão mexicano, em que nada faz sentido. Mortes desnecessárias que jamais teriam acontecido se os protagonistas não fossem tão idiotas e descuidados, sacrifícios mais desnecessários ainda, vilões escapando da polícia com todas as provas apontando pra eles, casal que não tem nenhum vínculo de sangue mas supostamente não pode ficar junto porque o pai do cara é casado com a tia da garota (que ela nunca conheceu, porque foi sequestrada e depois adotada) etc.  

5 - Dream High 2

          O maior erro desse drama foi o fato de que o protagonista masculino (Jinwoon) perdeu toda a importância pro 2o protagonista masculino (JB) que roubou a cena, não por que ele era um bom ator, mas porque ele aparecia em 80% das cenas de todos os episódios. Além disso, Jiyeon que era a 2a protagonista feminina também teve tão ou mais importância do que a protagonista feminina (Kang So Ra). Essa inversão de protagonistas não fez o menor sentido e fez com que a história começasse a ficar chata, porque JB era o pior personagem. 

6 - School 2013
 
           Devido a pedidos dos fãs, a linha romântica entre Park Se Young e Lee Jong Suk foi cortada, pois eles queriam que o drama focasse no "bromance" e no bullying. O pedido foi atendido e simplesmente tivemos uma história sobre colegiais sem romance, o que não existe na vida real. É impossível não se apaixonar por alguém no colegial. Mesmo que não saísse nada disso, deveria pelo menos ter rolado um clima, mas tivemos que nos contentar apenas com a boa química deles como amigos. O corte da linha romântica foi completamente sem sentido e inverossímil.

7 - Heading To The Ground
           
              Já escrevi sobre esse drama uma vez. É mais um dramalhão que foca no excesso de armações do vilão, onde nada, mas nada mesmo, faz sentido.
           Pra vocês terem noção, o vilão compra o juiz do 1o jogo de futebol do protagonista masculino que literalmente o impede de fazer o gol. Literalmente! Ele pega ou chuta a bola pra fora do gol, algo assim. Também dá cartão vermelho sem motivo e tudo mais!
           Além disso, o protagonista perde a memória e o vilão consegue, sabe-se lá como, trancá-lo num hospital psiquiátrico!! WTH??? E ninguém sabe dele! Nem a família, nem a melhor amiga, nem a protagonista feminina, ninguém.
           E mesmo depois de tudo isso, a protagonista feminina continua namorando o vilão, apesar de desconfiar dele. Sim, ela passa praticamente todos os episódios namorando o vilão, apesar de ser apaixonada pelo protagonista masculino e sentir que há algo suspeito no vilão. Como assim, Giovana???

Espero que tenham gostado da pequena lista de dramas que desafiam a lógica. Claro que há muitos outros exemplos, mas foram esses que me vieram à cabeça agora. 
Quanta loucura, né?


quinta-feira, 7 de maio de 2015

Destaques de 2014

Confesso que não assisti a muitos dramas em 2014, devido a vários problemas pessoais e até mesmo um certo desinteresse, mas hoje me bateu a vontade de fazer uma análise dos poucos que vi. Espero que curtam!

Pinocchio

Definitivamente a grande surpresa de 2014, Pinocchio diferenciou-se da maioria das minisséries por dar importância aos personagens secundários e não focar apenas no casal principal. Basicamente conta as aventuras de uma garota que não pode mentir e seu tio postiço na tentativa de virarem repórteres que buscam a verdade.
Além disso, o casal principal formado por Park Shin Hye e Lee Jong Suk tinha uma química excelente e em nenhum momento nos deram margem a torcer para outro cara ficar com a garota. E, finalmente, Park Shin Hye conseguiu dar um beijo decente! No entanto, apesar de o casal principal ser agradável, confesso que torcia mais pelo quase casal Yoon Yu Rae (Lee Yoo Bi) e o Capitão Hwang (Lee Pil Mo). Esses dois tinham uma química ainda maior do que o casal principal, mas, infelizmente, ficaram apenas no flerte. A personagem de Lee Yoo Bi também era o principal alívio cômico da série e fez um belo trabalho. 
Por dar espaço à maioria dos personagens secundários, o drama acabou fazendo com que nos apegássemos a vários personagens e não apenas aos protagonistas. Ponto pra série nesse quesito! 
Quanto à história, não poderia ser mais interessante! Repórteres passando por poucas e boas correndo atrás de histórias, armações por trás das matérias, manipulação por parte das redes de TV. E no final das contas, várias revelações sobre o que estava por trás do passado trágico de Lee Jong Suk. Se não foi o melhor drama de 2014, pelo menos foi o que mais me entreteve.
Nota: 9,5 (perde 5 décimos por causa do final aberto pra Yu Rae e o Capitão Hwang haha)

You're All Surrounded





Outro drama muito bom de 2014, também me agradou pelo mesmo motivo básico de Pinocchio: deu espaço a vários personagens secundários e não focou apenas nos protagonistas. Além disso, não tivemos triângulo amoroso finalmente e tivemos dois casais com muita química, de faixas etárias diferentes! Confesso que tive receio de Lee Seung Gi e Go Ara não terem química, mas aconteceu o completo oposto. E a presença de Cha Seung Won tornou a série perfeita, afinal, qualquer drama em que ele aparece está fadado ao sucesso, exceto Athena. 
Quanto à história, mais uma vez temos um protagonista masculino com uma história trágica que é salvo pelo amor da protagonista feminina e, no caso desse drama, também pela amizade com os colegas de trabalho. Lee Seung Gi é um gênio que se torna policial para se vingar, mas acaba descobrindo, sob a supervisão de Cha Seung Won e com a ajuda de Go Ara, que a vingança não vale a pena. O início da série é bem engraçado, com a entrada de 4 novatos na polícia, que ficam sob a jurisdição de Cha Seung Won. E claro que eles só se metem em encrenca, mas, com o tempo, tornam-se bons policiais. 
Ultimamente tenho curtido mais dramas que focam na história e em vários personagens do que aqueles que focam apenas no casal principal e em seus dramas. Por isso, You're All Surrounded também foi uma agradável surpresa pra mim.
Nota: 9,8

Liar Game (Versão Coreana)

Já fiz um post sobre a versão japonesa de Liar Game, por isso acho que não preciso explicar muito sobre a história. Basicamente, uma garota inocente (Kim So Eun) é obrigada a participar de um jogo de manipulação que oferece um prêmio em dinheiro, mas que também pode fazer com a pessoa termine endividada. Por ser completamente inocente e incapaz de mentir e manipular, a garota pede ajuda a um psicólogo e hacker gênio (Lee Sang Yoon) que acabou de sair da prisão. 
Na versão coreana, no entanto, eles mudaram o ar underground da série, ao fazerem com que o jogo fosse um reality show de televisão. Além disso, em vez de focarem nos jogos, nos mostraram muita ação e uma história macabra por trás do vilão e dos protagonistas. Foi interessante assistir a uma versão diferente com novidades, mas mataram a essência da série porque foram pouquíssimos os jogos em que o protagonista masculino participou e usou suas táticas super geniais. Pra quem viu o original, isso foi completamente frustrante, porque a graça de Liar Game era exatamente o protagonista masculino explicando cada jogo e sempre sendo infinitamente superior aos adversários, até mesmo quando apareciam adversários à altura. Na verdade, quem acaba assumindo esse papel é o vilão e apresentador do jogo que, posteriormente, vira participante do jogo. Por ser interpretado por Shin Sung Rok, ainda por cima, o vilão acabou roubando a cena. Como sempre, Shin Sung Rok nos presenteou com um vilão completamente psicopata de dar medo! 
Ainda prefiro o original japonês, mas a versão coreana vale muito a pena e entretém bastante!
Nota: 9,0

My Secret Hotel

Só comecei a assistir a essa série porque duas das minhas atrizes favoritas, Yoo In Na e Ha Yeon Joo, estavam nela. A premissa também era bem interessante. Vários assassinatos inexplicáveis acontecem em um hotel, deixando todos apreensivos. Cada um parece suspeito e esconde algum segredo.  
O problema foi que a história caiu no clichê da maioria dos kdramas: focar apenas no casal principal e no triângulo amoroso. Ao longo do drama, todo o suspense foi morrendo por causa das cenas açucaradas dos protagonistas. 
Yoo In Na intepreta uma garota extremamente doce e inocente e parecia estar fazendo uma reprise do seu papel em Queen In Hyun's Man, mas, infelizmente, com um protagonista masculino indigno que, por isso, nem me dei ao trabalho de pesquisar o nome dele. 
A resolução dos assassinatos, pelo menos, foi interessante, mas tão pouco destaque foi dado a toda a trama por trás disso que acabou não sendo muito chocante.
O que poderia ter sido uma excelente série, acabou chamando a atenção apenas pela trilha sonora que era bem diferente. Vale a pena conferir a OST! 
Nota: 7,0

Doctor Stranger

Há apenas uma palavra pra resumir esse drama: LOUCURA! Sério, o autor devia estar extremamente chapado quando escreveu isso. Cheio de furos e erros de continuidade, Doctor Stranger só prendia a atenção por causa do suspense envolvendo praticamente todos os personagens.
Apesar de ser com Lee Jong Suk, Park Hae Jin e Kang So Ra, tinha que ter a Jin Se Yeon, que não sabe atuar, pra estragar. Mesmo assim, ainda torci pra ela ficar com o Lee Jong Suk porque queria muito Kang So Ra e Park Hae Jin juntos. 
Apesar da história maluca, fiquei satisfeita com o final, ao contrário da maioria do público.
Nota: 6,5

Tomorrow's Cantabile

É impossível falar desse drama sem comparar com o original, Nodame Cantabile. A versão coreana deixou muito a desejar no quesito emoção e comédia. Sinceramente, não senti nenhuma emoção nas cenas em que eles tocavam, ao contrário de tudo que senti na versão japonesa.
Joo Won fez um ótimo trabalho como Chiaki, mas faltou a ele a frieza de Tamaki Hiroshi no início da trama. Chiaki muda ao longo da história, mas Joo Won já começou como um cara sensível demais. Não fez o menor sentido e impediu o crescimento do personagem.
Já Shim Eun Kyung, apesar de não ser engraçada como Nodame, fez um bom trabalho. E a vantagem dela era ser parecida fisicamente com Ueno Juri que interpretou Nodame na versão japonesa. Ao contrário de Joo Won, Shim Eun Kyung conseguiu evoluir ao longo da trama.  Só achei que o fato de ela ser menos estranha do que a Nodame atrapalhou a essência da personagem, o que é um pecado pra quem leu o mangá, viu o anime e viu o dorama japonês. 
A presença do violoncelista que NÃO EXISTE no original foi ridiculamente forçada só pra ter um triângulo amoroso. Ao mesmo tempo, a ausência do oboísta, Kuroki, com certeza atrapalhará uma possível segunda temporada em Paris. Afinal, quem ficará com Tanya? O violoncelista claramente foi posto para substituir o Kuroki que logo desiste da Nodame, mas, como ele acaba se tornando condutor, torna-se impossível ele ir pra Paris e ficar com a Tanya. Ou seja, ou Kuroki será abolido da história ou só aparecerá na 2a temporada que provavelmente não existirá, tendo em vista que o drama não fez sucesso. 
Quanto aos outros personagens secundários, pelo menos estes fizeram jus aos personagens originais. 
Nota: 7,0

Trot Lovers


Apesar de ser com Eunji, Ji Hyun Woo e Shin Sung Rok, foi um drama extremamente monótono, seguindo a velha fórmula de "dramalhão mexicano" e triângulos amorosos dos kdramas. O único destaque vai para Eunji cantando trot, porque o drama em si foi bem decepcionante. Foi interessante, no entanto, ver Shin Sung Rok interpretando um tipo diferente de personagem que não é psicopata nem vilão, apesar de ele ainda ter umas expressões um tanto assustadoras. haha 
Nota: 6,0

My Lovable Girl

Estrelado por Krystal e Rain, segue a velha fórmula dramalhão e triângulo amoroso, mas acabei até gostando. A história light foi até bonitinha, mas o grande destaque desse drama vai pra trilha sonora que, pra mim, foi a melhor de 2014. Só música boa, até porque Krystal interpretava uma compositora, por isso várias músicas foram compostas pro drama.
Nota: 7,0




Dear Sister

Único drama japonês da minha lista, na verdade, é um dos melhores dela. Basicamente conta a história de duas irmãs que não se dão bem e já não se veem há um tempo, até que a irmã mais jovem (Miskaki) retorna com um segredo e começa a morar na casa da irmã mais velha (Hazuki). O drama foca mais no relacionamento das irmãs do que no romance, o que nesse caso específico, foi um pouco frustrante porque torcia muito pra irmã mais nova, Misaki, e o amigo dela, Eito, ficarem juntos, mas havia poucas cenas deles juntos. Aliás, um dos pontos altos da trama é justamente saber se Eito finalmente consegue conquistá-la no final, por isso não vou estragar a surpresa. Há também um personagem extremamente irritante, o irmão mais velho de Eito, que vocês provavelmente odiarão tanto quanto eu. Gostei muito da história e só lamento que tenha sido tão curta!
Nota: 9,0






sábado, 7 de março de 2015

Será que eles eram mesmo vilões?

Após um bom tempo longe do blog, finalmente tive uma ideia genial pra um artigo, inspirada em um momento difícil que estou vivendo em minha vida pessoal.
Sabe aqueles vilões que nós amamos odiar? Então! Será que eles eram mesmo vilões? Até que ponto suas ações eram compreensíveis ou até mesmo justificadas? É o que me proponho a analisar aqui.

Office Girls - Zheng Kai Er (Tia Li)

 
Esse foi o post que fiz no facebook que deu origem a tudo:  https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203823632532915&set=a.1210610587072.104303.1282970224&type=1&theater
Provavelmente ninguém viu essa série, mas foi graças a ela que tive a ideia pra esse post.
Office Girls conta basicamente a história do filho mimado de um dono de shopping que, após voltar do exterior, é forçado pelo pai a começar de baixo na empresa e não pode contar a ninguém quem é realmente. Ele é o típico riquinho babaca e machista que só está interessado em brincar com as mulheres. E é exatamente isso que transforma a personagem Zheng Kai Er na suposta vilã da história. O protagonista masculino tentou conquistá-la de tudo quanto é jeito e dizia-se apaixonado, mas seu interesse limitava-se à aparência dela. Ela caiu na armadilha e se apaixonou por ele. No entanto, quando isso aconteceu, ele percebeu que na verdade gostava da protagonista feminina desde o princípio. Depois de muito enrolar Kai Er, ele finalmente deu o fora nela, mas não sem magoá-la profundamente. A partir daí, os ciúmes e a raiva ofuscam as qualidades de Kai Er, enquanto ela tenta de todo jeito prejudicar a protagonista e reconquistar o nosso Don Juan. Ela nunca chega a machucar alguém fisicamente, mas suas ações tornam-se cada vez mais perigosas até finalmente ser descoberta, se arrepender e até mesmo se demitir da empresa. Mas afinal? De quem é a culpa por tudo que aconteceu? De Kai Er? Não mesmo. Kai Er tinha uma história de vida muito triste. Apesar de muito bonita e competente, ela era órfã e estudou por um programa de bolsa de estudos oferecido pelo pai do protagonista. Ela chegou a cargos altíssimos na empresa contra tudo e todos, enfrentando fofocas de colegas e seu chefe que a assediava. Pelo meu modo de ver agora, ela está mais para heroína do que a própria protagonista. Podemos tentar dizer que não há culpados na história, mas quem provocou tudo o que aconteceu definitivamente foi o protagonista bonitão e riquinho.

Fated To Love You - Shi Anna (Bianca Bai)
 
 Outro drama taiwanês, porque os taiwaneses são mestres em fazer personagens muito mais complexos e dinâmicos. Há também a versão coreana, mas, como não assisti a ela, não posso comentar. No entanto, é fácil fazer a associação entre os personagens.
Sejamos sinceros, não existe vilão em Fated To Love You, não é mesmo? O mais próximo disso é Shi Anna, simplesmente porque ela atrapalha o casal principal. Mas espera um pouco! Vamos voltar pro início da história? Na verdade, foi a protagonista Chen Xin Yi quem atrapalhou o casal Shi Anna e Ji Cun Xi que, inclusive, tinham planos para se casar. Por causa de um acidente no qual ela e Cun Xi acabam dormindo juntos, resultando em gravidez, eles acabam se casando e se apaixonando durante o processo. Claro que eu jamais torci por Shi Anna, afinal não tinha como com a protagonista sendo interpretada por Chen Qiao En. Mas convenhamos! Ponham-se no lugar de Shi Anna. Imaginem que vocês têm um namorado esperando por vocês em outro país e, de repente, quando você retorna esse cara está casado com uma mulher que ele engravidou! Me digam, por favor, se tem que existir um vilão, quem seria este? Shi Anna, a mulher traída que não fez absolutamente nada de errado, ou Ji Cun Xi que engravidou outra mesmo que por acidente? Mesmo assim, Shi Anna jamais tentou realmente prejudicar a protagonista. O máximo que ela fez foi lutar por seu homem e inventar que ele não queria o bebê, o que poderia ter sido facilmente resolvido com uma conversa franca entre os protagonistas, o que parece ser inexistente nesses dramas. Infelizmente, isso acabou resultado no acidente e na perda do bebê, mas não foi intencional. Afinal, quem poderia imaginar que a protagonista ficaria plantada no meio da rua discutindo com Ji Cun Xi? E, mais uma vez, temos na "vilã" uma personagem órfã, forte, que luta por seus ideais e no final ainda acaba encontrando seu irmão perdido. Vilã? Nem perto disso.

The Greatest Love - Kang Se Ri (Yoo In Na)

Vamos aos kdramas! Kang Se Ri é a antagonista que costumava ser membro de um grupo feminino junto com a protagonista (Go Ae Jung, interpretada por Gong Hyo Jin). No entanto, o grupo acabou por um desentendimento das duas e, desde então, Kang Se Ri se deu bem na indústria, enquanto a protagonista ficou com a imagem manchada por se envolver em vários escândalos mentirosos.
Diferente das histórias anteriores, aqui em nenhum momento Kang Se Ri desenvolve sentimentos pelo protagonista masculino, mas sim pelo segundo cara principal que, infelizmente, gosta da protagonista até o final da história, o que é frustrante. Mas o real problema entre as duas mulheres principais da trama é de outra natureza. A personalidade de Se Ri realmente não é das melhores, mas  lá no fundo ela é uma pessoa insegura e de bom coração que agia daquele jeito, porque tinha medo de que a verdade sobre o fim do grupo viesse à tona, prejudicando-a. O problema é que apenas Go Ae Jung e uma outra menina sabiam a verdade. Se Ri e Go Ae Jung costumavam ser grandes amigas, mas, por uma série de mal entendidos e ciúmes, Se Ri acaba botando algo na bebida de Go Ae Jung para que ela passasse mal. O problema é que quem acaba bebendo é uma das outras meninas que estava grávida. Sem mais explicações, Go Ae Jung limita-se a dar um tapa em Se Ri bem na hora em que aparecem as câmeras, o que mancha a reputação dela pra sempre. Com o passar da história, Se Ri e Go Ae Jung são obrigadas a recuperar o contato, mas no final acabam se entendendo e voltando a ser amigas. Apesar de o destaque ser para o casal principal, a história dessas duas é bem interessante.

Dream High - Baek Hee (Eun Jung)
Dream High conta a história de jovens aspirantes a artistas que, ao longo do tempo, amadurecem musicalmente e pessoalmente. É uma história light e Baek Hee em nenhum momento é apontada como vilã, mas ela definitivamente é uma antagonista em certas partes da história. De amiga tímida da protagonista (Hye Mi, interpretada por Suzy) ela passa a uma poderosa rival, mas seu complexo de inferioridade em relação à protagonista nunca é realmente superado. Em vez de ela mostrar compaixão pela amiga que sempre a usou, no momento em que ela finalmente consegue se destacar, resolve romper a amizade com a protagonista e humilhá-la da mesma forma que já havia sido humilhada no passado. Claro que a história é construída de forma a simpatizarmos com Hye Mi e ficarmos com raiva de Baek Hee, no entanto alguém pode culpá-la pela forma como reagiu ao finalmente alguém dizer que preferia ela a Hye Mi? Que atire a primeira pedra quem não faria o mesmo? Imagine que você sempre foi feita de gato e sapato pela sua suposta amiga e, finalmente, depois de anos, você tem a chance de dar o troco de alguma forma. Duvido que alguém nesse mundo não daria o troco, nem que fosse apenas dando uma lição de moral. Mas não acaba por aí! Pra piorar a história, o cara por quem Baek Hee é apaixonada gosta da protagonista e obviamente ela faz de tudo pra ficar com ele. Apesar de tudo, Dream High é uma história que tenta nos passar várias lições, por isso é claro que Baek Hee se redime e faz as pazes com Hye Mi e todos ficam felizes (ou quase todos, dependendo do ponto de vista).

City Hunter - Lee Jin Pyo (Kim Sang Joong)
Quando entramos nos dramas de ação, é sempre óbvio que aparecerão personagens bem mais complexos e é esse o caso de Lee Jin Pyo. Se fôssemos apontar vilões, talvez devêssemos falar nos 5 políticos que levaram à morte do pai do protagonista, mas individualmente eles não têm muita importância. Lee Jin Pyo é um personagem de bom caráter que se deixou transformar em traficante de drogas e assassino por traumas do passado. No entanto, alguém pode culpá-lo? Quando aqueles que deveriam ser heróis da Coreia são mortos pelo próprio governo a sangue frio e apenas ele escapa, o que mais se poderia esperar que acontecesse com ele? Apenas a sede de vingança o manteve com vontade de continuar vivendo. Ele sequestra o filho de seu amigo e o transforma no City Hunter, uma espécie de vigilante. O City Hunter (Lee Min Ho) faz justiça com suas próprias mãos, mas quando este garoto sente-se incapaz de matar os políticos de quem Lee Jin Pyo quer se vingar e apenas resolve provar seus esquemas de corrupção, Jin Pyo resolve entrar em ação e fazer aquilo que ele julga que seja realmente justiça e vingança: matar. Mas no momento em que ele faz isso, perde a razão e não preciso dizer que não dá muito certo. Pra bom entendedor, uma palavra basta: carma. Aqui, ao contrário das personagens citadas anteriormente, temos um personagem cujas ações são compreensíveis, mas não justificáveis. Não importa o quanto ele tenha sofrido, jamais deveria ter matado alguém. A vingança do personagem do Lee Min Ho (levá-los à justiça por corrupção) era o suficiente.

IRIS 1 e 2 - Baek San (Kim Young Chul)
Qual não é a nossa surpresa ao descobrir em IRIS 2 que o vilão injustificável de IRIS 1 talvez não seja tão vilão assim? Enquanto o destaque da trama de IRIS 2 vai para os personagens norte-coreanos, Baek San foi o único sul-coreano que nos surpreendeu com sua imprevisível história que, se não justifica suas ações, pelo menos as torna compreensíveis. E nada como um sacrifício para se redimir também, não é mesmo?

Birdie Buddy - Min Hae Ryung (Lee Da Hee)
Apesar de ser a antagonista, a história foca em tantos momentos em Min Hae Ryung que é difícil dizer se a protagonista é Mi Soo (UEE) ou ela. E exatamente por isso eu gostei tanto dessa história. Lembro que na época em que assisti, a personagem de Lee Da Hee me irritava profundamente, mas hoje a compreendo. Treinada para a ser a melhor no golf, ela de repente se vê tendo Mi Soo como rival não apenas no golf mas no amor. Extremamente insegura, Hae Ryung toma muitas atitudes desesperadas, inclusive traindo a própria mãe e virando golfista do grande vilão da história, Jay Park.
Hae Ryung é uma menina mimada e insegura que, com todos os motivos do mundo, achou que ia perder o protagonista masculino e sua carreira no golf e, por isso, tomou atitudes desesperadas e equivocadas. Mas alguém pode culpá-la por isso? Quem nunca agiu por impulso? Mas no final ela até ganha um prêmio, digamos assim. Digamos que cada uma das duas protagonistas ganha um prêmio de consolação e ninguém consegue tudo o que quer. O final é bem diferente do que tenho visto por aí, por isso não vou dar spoiler, porque vale muito a pena conferir. Sério, não é nada previsível!

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